Errejón processa atriz por calúnias após acusações de assédio
O ex-deputado Íñigo Errejón, conhecido por seu papel como exportavoz do partido Sumar, entrou com uma querela contra a atriz Elisa Mouliáa, acusando-a de calúnias. Esta ação judicial decorre de uma denúncia feita por Mouliáa contra Errejón, na qual ela o acusou de assédio sexual em um suposto incidente ocorrido em setembro de 2021.
Recentemente, o juiz Arturo Zamarriego, responsável pelo Juzgado de Instrucción número 9 de Madrid, decidiu aceitar a demanda do ex-deputado, iniciando uma investigação sobre as alegações de calúnias. Ambos os envolvidos estão convocados para prestar depoimento no dia 17 de fevereiro de 2025.
A citada denúncia de Mouliáa inclui acusações de que Errejón teria “extorquido” testemunhas durante o processo. Seguindo isso, a defesa de Errejón argumenta que a atriz disseminou informações falsas nas redes sociais, o que teria prejudicado a honra e a reputação do ex-deputado.
No histórico do caso, foi relatado que, durante uma festa em que ambos se encontravam, Errejón teria se aproximado de Mouliáa de maneira indesejada, o que levou a atriz a formalizar a denúncia. O juiz Adolfo Carretero, do Juzgado de Instrucción número 47, já havia processado Errejón por supostos crimes de natureza sexual, baseando-se no depoimento de testemunhas que confirmaram suas acusações.
Enquanto o caso avança, o magistrado considerou que existiram múltiplos crimes contra a liberdade sexual, levando em conta os relatos de Mouliáa e as declarações de outras testemunhas que foram ouvidas durante o processo.
Em defesa de Errejón, seu advogado contesta a versão de Mouliáa, afirmando que as mensagens mostradas por ela nas redes sociais são distorções da verdade. A defesa coletou evidências que, segundo afirmam, demonstram a intenção de Mouliáa de manipular a narrativa em torno dos eventos que ocorreram na festa.
“Não há qualquer evidência de assédio”, realçam as testemunhas que, atualmente, residem na Austrália e prestaram depoimento por videoconferência, desmentindo as alegações de Mouliáa. Um dos testemunhos, reforçou o fato de que as interações entre eles foram normais e sem qualquer conotação de agressão.
A disputa jurídica entre Errejón e Mouliáa lança luz sobre as complexidades das acusações de crimes de natureza sexual e a responsabilidade que acompanha a divulgação de informações nas plataformas digitais. Cabe agora à Justiça decidir sobre as alegações e as consequências que cada parte terá que enfrentar com base nas evidências apresentadas.