O Brasil conquistou uma melhoria significativa em sua classificação no ranking mundial de competitividade digital, elevando-se da 58ª para a 53ª posição. O ranking, divulgado na última segunda-feira, 3, pelo IMD World Competitiveness Center e a Fundação Dom Cabral, avalia a capacidade de 69 economias em integrar tecnologias digitais em práticas governamentais, empresariais e sociais, utilizando mais de 60 indicadores para essa aferição.
A liderança do ranking continua com a Suíça, seguida por Estados Unidos, Singapura, Hong Kong e Dinamarca, países que se destacam por seus planos estratégicos em educação e inovação. Segundo Hugo Tadeu, diretor do Núcleo de Inovação, IA e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral, "esses países têm uma abordagem clara para a geração de conhecimento".
Embora o Brasil ainda não esteja nas primeiras posições, o avanço no ranking é notável, principalmente em fatores cruciais. No âmbito da tecnologia, o país subiu para a 58ª posição, conquistando dois pontos a mais que no ano anterior. Em conhecimento, o Brasil alcançou o 56º lugar, enquanto em prontidão para o futuro, o desempenho foi ainda mais expressivo, com um avanço de três posições, resultando na 50ª colocação.
A estruturação do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, que prevê investimentos de R$ 23 bilhões até 2028, promete aumentar as oportunidades de financiamento por meio de agências de fomento, como a FINEP. Tadeu observa que essas iniciativas visam enfrentar os desafios relacionados à inteligência artificial, infraestrutura e educação.
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Outro ponto alto na avaliação foi a colocação do Brasil na produtividade de publicações científicas, onde o país ficou em 9º lugar. Esse resultado é reflexo de um aumento no fomento à pesquisa e da colaboração entre universidades e centros de P&D, favorecendo o desenvolvimento tecnológico e a visibilidade internacional da pesquisa acadêmica brasileira.
Tadeu destaca que "não adianta investir em tecnologia se não houver um conhecimento profundo oriundo de universidades bem qualificadas". O amadurecimento do ecossistema de startups e o crescimento do uso da inteligência artificial também são pontos a serem observados, já que o Brasil foi classificado em 16º nesse quesito, reforçando o aumento de investimentos privados em setores estratégicos como saúde, finanças e educação.
Ranking de Competitividade Digital 2025
Os resultados do ranking 2025 mostram a posição do Brasil e de outros países em três categorias:
- Suíça: Tecnologia: 7 | Conhecimento: 1 | Prontidão para o futuro: 2
- Estados Unidos: Tecnologia: 1 | Conhecimento: 6 | Prontidão para o futuro: 8
- Singapura: Tecnologia: 2 | Conhecimento: 4 | Prontidão para o futuro: 6
- Hong Kong: Tecnologia: 3 | Conhecimento: 5 | Prontidão para o futuro: 10
- Dinamarca: Tecnologia: 5 | Conhecimento: 9 | Prontidão para o futuro: 1
- Países Baixos: Tecnologia: 4 | Conhecimento: 7 | Prontidão para o futuro: 4
- Canadá: Tecnologia: 9 | Conhecimento: 2 | Prontidão para o futuro: 9
- Suécia: Tecnologia: 10 | Conhecimento: 3 | Prontidão para o futuro: 11
- Emirados Árabes Unidos: Tecnologia: 6 | Conhecimento: 12 | Prontidão para o futuro: 5
- Taiwan: Tecnologia: 11 | Conhecimento: 16 | Prontidão para o futuro: 3
- Brasil: Tecnologia: 58 | Conhecimento: 54 | Prontidão para o futuro: 50
- Argentina: Tecnologia: 68 | Conhecimento: 63 | Prontidão para o futuro: 41
Com esses resultados, o Brasil pode vislumbrar um futuro mais promissor em sua jornada digital, apesar dos desafios que ainda persistem.

