Emergência em Valência: Atraso no Envio de Alertas
A recente tragédia em Valência, marcada por inundações que resultaram na morte de pelo menos 155 pessoas, foi agravada por um atraso significativo no envio de alertas a celulares. Vicente Mompó, presidente da Diputação de Valência, afirmou que a mensagem de emergência deveria ter sido enviada bem antes das 20h11, quando finalmente alcançou os valencianos. Durante a comissão de investigação sobre as inundações, Mompó declarou: "Sigo considerando que o mensagem foi enviado muito tarde."
Reunião de Crise e Falta de Ação
Mompó esteve presente no Centro de Coordenação Operativa Integrado (Cecopi) e, mesmo não sendo membro, participou da discussão sobre o envio da alerta massiva. Às 17h45, ele compartilhou informações sobre resgates em andamento e, diante da ineficiência no envio de uma comunicação, chegou a pedir com urgência aos presentes: "Enviem-na já de uma vez!" No entanto, a possibilidade de enviar um alerta estava em discussão desde as primeiras horas do dia, mas o envio foi adiado em favor de um aviso especial sobre o aumento do caudal no rio Magro.
Chamadas de Emergência e Falta de Comunicação
Em um momento crítico, Mompó também conversou com Carlos Mazón, que estava isolado em um restaurante até as 18h45. Durante essa ligação, Mompó alertou sobre a gravidade da situação nas áreas afetadas. Além disso, ficou claro que o serviço de teleassistência, sob a responsabilidade da vice-presidente Susana Camarero, não tinha a capacidade de emitir alertas de emergência em massa, mas apenas atendia chamadas de pessoas em situações vulneráveis.
Versões Conflitantes e Implicações nas Investigações
Camarero, que foi chamada a se pronunciar na comissão, tentou justificar os atrasos, afirmando que não tinha conhecimento da iminente inundação, mas suas declarações foram questionadas pela falta de informações precisas. O deputado Alberto Ibáñez confrontou Camarero sobre suas respostas contraditórias, levando a vice-presidente a evitar algumas perguntas diretas, especialmente sobre o conhecimento prévio de Mazón em relação ao que estava acontecendo.
Análise Final da Comissão
Durante a sessão, a presidente da comissão, Carmen Martínez, lembrou Camarero que a audiência não era uma coletiva de imprensa e a advertiu sobre seu comportamento. Mompó se mostrou preocupado com a hesitação nas decisões, reiterando sua posição de que ações rápidas e eficazes são cruciais em situações de emergência. A situação levantou questões sobre a execução de protocolos em casos de emergências, com muitas vidas dependente de uma resposta oportuna.
A vice-presidente, mesmo diante das críticas, reafirmou seu compromisso de ajudar e reconheceu que se sentia angustiada por não ter conseguido evitar as perdas. Em meio à crise, a necessidade de uma resposta rápida e efetiva se tornou cada vez mais clara, evidenciando a importância da comunicação nas situações de emergência.