EUA ampliam restrições de viagens impactando mais de 30 países
Os Estados Unidos, sob a gestão do ex-presidente Donald Trump, anunciaram a expansão das restrições de viagens e imigração, que agora afetam mais de 30 países, incluindo a Autoridade Palestina. Esta medida, que já incluía 19 nações, marca uma intensificação na campanha anti-imigração da administração americana. O anúncio foi feito na terça-feira, 16 de dezembro de 2025, e as novas regras entram em vigor no dia 1 de janeiro de 2026.
A lista de países afetados foi dividida em duas categorias: a primeira, com cinco países que têm cidadãos proibidos de entrar nos Estados Unidos, e a segunda, com 15 países que enfrentam restrições parciais tanto para turistas quanto para imigrantes. Entre os países que agora enfrentam proibição total estão Burkina Faso, Mali, Níger, Sudão do Sul e Síria.
A Casa Branca justificou a expansão das proibições com argumentos relacionados à segurança nacional e corrupção generalizada. Foi ressaltado que muitos cidadãos dessas nações apresentam documentação fraudulenta ou pouco confiável, o que dificultaria a verificação de antecedentes.
Países impactados e as novas medidas
As restrições também visam os seguintes países que enfrentarão limitações parciais: Angola, Antigua e Barbuda, Benin, Costa do Marfim, Dominica, Gabão, Gâmbia, Malawi, Mauritânia, Nigéria, Senegal, Tanzânia, Tonga, Zâmbia e Zimbábue.
O governo dos EUA alegou em seu comunicado que essas medidas se devem ao fato de que muitos visitantes desses países abusam da generosidade americana, ultrapassando o tempo de permanência permitido e violando leis de imigração. Além disso, enfatizou que alguns governos se recusam a receber de volta seus cidadãos que precisariam ser deportados.
Exceções à nova política
As novas restrições não se aplicam a:
- indivíduos que já possuem visto americano;
- residentes permanentes legais dos EUA;
- categorias especiais de visto, como diplomatas ou atletas;
- pessoas cuja entrada é considerada benéfica para os interesses dos Estados Unidos.
Críticos da política de imigração de Trump acreditam que a segurança nacional tem sido utilizada como pretexto para barrar entradas legítimas no país. Laurie Bell Cooper, vice-presidente de programas jurídicos do Projeto Internacional de Assistência aos Refugiados, comentou:
“Essa proibição ampliada não tem a ver com segurança nacional, mas sim como uma tentativa vergonhosa de demonizar as pessoas simplesmente pela origem delas.”
O governo de Dominica reagiu ao anúncio com seriedade e urgência, buscando esclarecimentos junto a Washington. O embaixador de Antigua e Barbuda nos Estados Unidos, Ronald Saunders, também enfatizou a gravidade da situação.
Histórico das restrições de viagens
As primeiras restrições de viagens foram introduzidas em junho de 2025, afetando 12 países com proibição total e 7 com restrições parciais. Os países listados na época incluíam, entre outros, Afeganistão, Irã e Venezuela. As novas mudanças agora incluem três nações do comunicado anterior, com Laos e Serra Leoa passando a ter uma proibição total, enquanto o Turcomenistão teve suas restrições afrouxadas, reconhecendo melhorias significativas.
Com essas ações recentes, os Estados Unidos seguem um caminho controverso na sua política de imigração, provocando uma onda de reações não apenas entre os países afetados, mas também entre defensores dos direitos humanos.