Morte de Menina em Atibaia Levanta Questões sobre Atendimento Médico
A família da menina Valentina Beltrame de Almeida, de apenas 4 anos, que faleceu após uma picada de escorpião em Atibaia, interior de São Paulo, está cobrando uma investigação sobre a morte da criança. O incidente ocorreu na última terça-feira (16), quando Valentina brincava com sua irmã gêmea na casa da avó e foi picada no pé por um escorpião.
A família relatou dificuldades significativas enfrentadas pela equipe médica da Santa Casa de Atibaia no tratamento da menina. Segundo a mãe, Larissa Beltrame, houve problemas na administração do soro antiescorpiônico. “Tentaram pegar uma bomba, a bomba não estava funcionando. Puncionaram um sorinho, aí estourou a veia dela; depois furou de novo, o pezinho dela, tudo, depois de uns 20 minutos conseguiram pegar a veia dela. Eles tinham o soro, mas não sabiam como aplicar na Valentina”, afirmou Larissa em uma declaração.
A diretora da Santa Casa, Daniele Borges, defendeu a equipe de atendimento, afirmando que todos os protocolos foram seguidos. Ela disse que o médico que atendeu Valentina acionou o Centro de Referência para picadas de animais peçonhentos e cumpriu rigorosamente os procedimentos necessários. “Tudo foi apurado com muito rigor e foi feito o que deveria ser feito”, ressaltou.
A menina foi socorrida rapidamente e recebeu o soro, mas sua condição se agravou rapidamente, levando à sua transferência para o Hospital Universitário São Francisco em Bragança Paulista, unidade de referência para casos críticos. Apesar do atendimento inicial e da terapia intensiva, Valentina não resistiu e faleceu devido a complicações cardíacas.
A Prefeitura de Atibaia e a Santa Casa lamentaram a morte e afirmaram que a assistência prestada seguiu os protocolos adequados. “Após a ocorrência, a criança foi levada por seus familiares à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde recebeu atendimento imediato. Diante da avaliação clínica, foi corretamente indicada a transferência para a Santa Casa de Atibaia, onde foi infundido o soro antiescorpiônico na dosagem recomendada”, detalhou a prefeitura em nota.
Ademais, a administração municipal declarou que está apurando o ocorrido e expressou solidariedade aos familiares da menina. Um comunicado do Hospital Universitário São Francisco confirmou que Valentina chegou com sinais de envenenamento grave e que todas as medidas necessárias foram adotadas, conforme protocolos do Ministério da Saúde. Após um período inicial de estabilidade, seu estado se agravou, resultando em óbito.
A tragicidade do caso ressalta a importância de um atendimento médico eficaz e a necessidade de protocolos adequados para o manejo de picadas de animais peçonhentos, principalmente em regiões onde esses acidentes são mais frequentes.