Quatro jogadoras do América-MG registaram um Boletim de Ocorrência contra Claiton Timm, assistente de arbitragem, após um jogo contra o Juventude pelo Campeonato Brasileiro Feminino. O incidente aconteceu em Bento Gonçalves, no último sábado, 22 de março de 2025, e as jogadoras denunciam assédio sexual, alegando que Timm fez comentários inapropriados sobre elas antes da partida.
O caso ganhou repercussão nacional quando as atletas relataram que o assistente fez piadas de conteúdo sexual durante uma comunicação via rádio antes do início do jogo. Em resposta, o América-MG emitiu uma nota oficial expressando seu repúdio e indignação, classificando o comportamento do assistente como "absolutamente inaceitável" e uma "grave ofensa" às suas atletas.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tomou medidas imediatas, afastando Claiton Timm da sua função enquanto o caso é investigado. O clube mineiro também anunciou que enviaria um ofício à CBF para colaborar com as investigações e implementar medidas preventivas para coibir futuros incidentes de assédio no esporte.
O Juventude, equipe adversária na partida em questão, se manifestou em solidariedade às jogadoras do América-MG, condenando veementemente o assédio e oferecendo apoio para que os fatos sejam devidamente apurados. A Delegacia da Mulher de Bento Gonçalves já está conduzindo uma investigação sobre as alegações, destacando a importância de combater qualquer forma de assédio no ambiente esportivo.
Essa situação ressalta uma problemática enfrentada por mulheres em ambientes tradicionalmente dominados por homens, como o futebol. A exposição de assédio não se limita a uma situação isolada, mas reflete uma cultura que precisa ser confrontada, com ações concretas para garantir um ambiente seguro e respeitoso para todas as atletas.
Enquanto a investigação avança, espera-se que o caso sirva como um alerta para medidas mais rigorosas no combate ao assédio no esporte e promova mudanças necessárias para proteger as jogadoras. O compromisso de clubes e organizações esportivas em garantir a segurança e bem-estar das atletas é essencial para o futuro do futebol feminino no Brasil.
