O dólar americano enfrenta uma pressão histórica, apresentando a queda para mínimas de dois anos, conforme as moedas asiáticas, como o iene japonês e o dólar taiwanês, registram altas expressivas. Isso ocorre em um contexto de expectativas de corte de juros por parte do Federal Reserve e tensões comerciais com a China, que estão reconfigurando os fluxos globais de capitais.
O Índice DXY, que mede o valor do dólar americano em relação a uma cesta de moedas, recuou para 99,60 em maio. Essa situação é impulsionada por três fatores principais:
Entre as moedas que estão se destacando, o iene japonês, o dólar taiwanês e o yuan offshore têm sido os protagonistas:
No final de abril, o iene japonês estava cotado a 142,85 por dólar, com expectativas de que feche em torno de 140,00 até o final de 2025, à medida que os especuladores apostam em ativos considerados seguros em tempos de incerteza.
Em um salto surpreendente, o dólar taiwanês valorizou-se em 3% em 5 de maio, representando a maior alta intradiária desde 1988. Essa valorização forçou o banco central de Taiwan a intervir no mercado, comprando dólares para conter o aumento excessivo da moeda local.
Por outro lado, o yuan offshore alcançou máximas não vistas desde novembro de 2024, favorecido por rumores de possíveis acordos comerciais entre Estados Unidos e China, que têm renovado as esperanças de uma estabilidade nas relações bilaterais.
A intervenção dos bancos centrais é um sinal claro da tensão existente no mercado das moedas:
Para o segundo semestre de 2023, analistas estão projetando um cenário desafiador para o dólar americano, que pode testar o suporte de 98,50 no Índice DXY, dependendo das decisões futuras do Fed em relação aos cortes de juros. Além disso:
Esses fatores combinados desenham um panorama complexo e que requer atenção redobrada dos investidores e analistas do mercado financeiro.
"A situação atual evidencia que o dólar está sob pressão não só por questões internas, mas também por fatores geopolíticos e econômicos globais, fazendo com que as moedas asiáticas emergem como alternativas atraentes para os investidores."
Fontes: AInvest (06/05), Japan Times (05/05), Business Times (05/05), Malaysian Reserve (05/05).