Suspeito de assassinato de empresário é preso em Cravinhos. Reprodução: Globo
A Polícia Civil de São Paulo investiga o assassinato do empresário Nelson Francisco Carreira Filho, que pode ter sido atraído para uma emboscada em Cravinhos. O crime ocorreu na empresa onde o empresário se reuniria com seu patrão e o gerente, em um cenário que levanta suspeitas sobre um esquema criminoso planejado.
No dia em que foi morto, uma dedetização de urgência foi marcada nas dependências da empresa, um artifício utilizado para dispensar todos os funcionários e deixar apenas os três homens no local — Nelson, o gerente Tadeu Almeida Silva e o patrão Marlon Couto. O delegado Heitor Moreira Assis, que lidera a investigação, apontou que esta estratégia facilitou o momento do crime. "A dedetização foi um subterfúgio para que apenas eles estivessem presentes durante a reunião", declarou o delegado.
Tadeu Almeida Silva, gerente da empresa de suplementos alimentares de Couto, foi preso em um mandado de prisão temporária e, em seu depoimento, revelou detalhes comprometedores, afirmando que ajudou a ocultar o corpo de Nelson e até mesmo levou seu carro para a capital paulista, onde foi encontrado abandonado. "Ele fez o contato com a empresa de dedetização. Acreditamos que sua participação foi fundamental para atrair Nelson até o local onde o crime ocorreu", explicou Assis.
Embora a Justiça tenha expedido mandados de prisão para Marlon Couto e sua esposa, Marcela Almeida, ambos estão foragidos. A prioridade das autoridades agora é garantir a captura do casal e localizar o corpo de Nelson, desaparecido desde o dia 16 de maio. Durante a perícia na empresa, vestígios de sangue foram encontrados, reforçando a gravidade da situação.
De acordo com as investigações, a motivação para o assassinato pode ter raízes em desavenças comerciais entre os sócios. Nelson havia exposto que estava insatisfeito com o uso de uma marca de produto para emagrecimento, de sua propriedade. Ele chegou a cobrar R$ 100 mil de Couto. A esposa de Marlon supostamente teria conhecimento sobre o plano e, conforme apurado, acompanhou o marido a São Paulo após o crime, tentando simular um apoio à família da vítima.
O delegado também destacou que a situação permanece sob intensa investigação, com o foco na captura de Marcela e Marlon Couto. A defesa de Marlon anunciou que ele se apresentará à polícia para esclarecer sua versão sobre os fatos, mas até o fechamento desta reportagem a defesa de Marcela não foi encontrada.