Mudanças nas regras de transporte de baterias portáteis em voos geram apreensão entre os viajantes. Reprodução: Globo
As regras para o transporte de baterias portáteis em aviões estão mudando, adotando medidas mais rigorosas devido ao crescente risco de incêndios associados a esses dispositivos. A partir de agora, passageiros de diversas companhias aéreas, especialmente nos Estados Unidos, devem estar atentos às novas diretrizes durante suas viagens.
Nos EUA, a Southwest Airlines foi a primeira entre as maiores empresas a implementar essas harsher rules, requerendo que os carregadores portáteis sejam mantidos visíveis durante o uso, uma medida que visa garantir a rápida ação dos comissários em caso de superaquecimento. Essa mudança no comportamento é uma resposta a incidentes passados que geraram preocupações de segurança e a necessidade de medidas preventivas.
Além disso, na Coreia do Sul, a proibição do uso de carregadores portáteis durante o voo foi adotada após um incêndio que destruiu um avião da Air Busan. Embora a conexão direta entre o incêndio e o uso de baterias ainda esteja sob investigação, essas precauções foram tomadas para aumentar a segurança dos passageiros.
No Brasil, a ANAC estabelece que baterias portáteis devem ser transportadas exclusivamente na bagagem de mão, sendo proibido enviá-las despachadas. Carregadores internos de dispositivos como laptops devem estar desligados e protegidos para evitar curto-circuitos. As regras variam entre as companhias aéreas, com algumas adotando proibições adicionais sobre o uso de power banks a bordo.
Outras companhias ao redor do mundo, como a Ryanair e a EasyJet, impuseram suas próprias diretrizes, exigindo a remoção de baterias de lítio das bagagens antes de serem guardadas nos compartimentos superiores. A FAA e o órgão regulador de aviação europeu também abordam a segurança das baterias com regras que visam minimizar riscos.
As alterações nas regulamentações surgem após um aumento no número de incidentes relacionados ao uso de baterias de íon-lítio. No último ano, foram registrados 84 eventos envolvendo essas baterias em voos comerciais nos EUA, um aumento significativo em relação aos 32 casos em 2016. Esses incidentes incluem incêndios e superaquecimento, muitas vezes associados a carregadores portáteis e cigarros eletrônicos, que têm se tornado uma preocupação constante para autoridades de aviação.
Embora os incêndios provocados por baterias de íon-lítio na cabine sejam raros e, em maioria, controláveis pela tripulação preparada, a crescente incidência de casos levou as empresas aéreas a reforçarem as diretrizes para proteger seus passageiros e a tripulação.
Antes de embarcar, os passageiros devem sempre verificar as diretrizes específicas da companhia aérea com a qual irão voar e garantir que suas baterias portáteis estejam devidamente acondicionadas e protegidas. Transportar as baterias na bagagem de mão, manter os dispositivos desligados e seguir as recomendações de segurança são passos fundamentais para uma viagem tranquila.
Em um mundo onde as baterias portáteis se tornaram um item essencial para viagens, é crucial manter-se informado sobre as normas e regulamentos que garantem a segurança no transporte aéreo.