O fechamento do Estreito de Ormuz pelo Irã pode criar um forte choque na oferta global de petróleo, segundo Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad. Durante uma entrevista, o especialista destacou que essa possibilidade poderia elevar ainda mais os preços do petróleo, que já superaram 76 dólares por barril, causando preocupações no mercado financeiro.
No contexto atual de tensões entre os Estados Unidos e o Irã, que se intensificaram por causa do conflito com Israel, as reações nos mercados têm sido bastante contidas. As bolsas europeias e os futuros americanos negociam com oscilações mínimas, refletindo um clima de espera em relação às decisões políticas e militares. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse em redes sociais que está ciente da localização do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, classificando-o como um alvo fácil, enquanto a ideia de uma intervenção militar na região se torna cada vez mais palpável.
A movimentação de jatos de combate americanos no Oriente Médio, conforme informado por autoridades, aumenta ainda mais as apreensões sobre um possível ataque que possa resultar em consequências irreparáveis. O economista Igliori enfatizou que, mesmo com essa escalada de tensão, o fechamento do estreito é uma ocorrência improvável, mas com impactos severos caso aconteça.
A inquietação também permeia o cenário econômico brasileiro, onde o Banco Central discute a possibilidade de um aumento na taxa de juros. O cenário internacional pode influenciar essa decisão, dada a interconexão dos mercados. O aumento das taxas em resposta a pressões externas se torna um dilema para o Copom, que precisa considerar tanto a estabilidade interna quanto as flutuações externas.
Em resumo, a situação no Estreito de Ormuz é uma preocupação crescente e pode influenciar não apenas o preço do petróleo, mas também as políticas monetárias globais e nacionais. As expectativas do mercado permanecem voláteis, mas a realidade de um fechamento do estreito ainda é vista como uma possibilidade de baixo risco imediato.
Com as tensões geopolíticas flutuando, o VEJA Mercado continua a informar sobre as implicações econômicas da situação, transmitindo ao vivo de segunda a sexta, às 10h, no YouTube e nas redes sociais.