Residentes do Retiro dos Artistas continuam na ativa na TV e no cinema
O Retiro dos Artistas permanece como um polo de tradição e continuidade para a cultura brasileira, onde artistas veteranos mantêm atuação em frente às câmeras, em teatros e em atividades educativas. Entre os nomes em evidência, Jaime Leibovitch aparece em Êta mundo melhor! na pele do Barão Duchamps, personagem que se tornará nova vítima de Sandra, interpretada por Flávia Alessandra. Aos setenta e sete anos, o ator reside no Retiro desde a pandemia e, mesmo assim, segue ativo profissionalmente, mantendo-se envolvido com projetos no teatro e com a condução de oficinas e palestras, o que demonstra uma relação profunda com a arte que atravessa décadas.
Assim como Leibovitch, outros residentes do Retiro dos Artistas seguem trabalhando e mantendo presença contínua no cinema, na televisão e na cena teatral. A seguir, conhecemos alguns deles com base nas informações disponíveis.
Rui Rezende: de Roque Santeiro ao retorno ao cinema
Rui Rezende ficou conhecido do grande público por trabalhos marcantes, incluindo a participação em Roque santeiro, na pele de Astromar Junqueira. Aos oitenta e seis anos, ele integrou recentemente o elenco de Nós, que nos queremos tão pouco, de Lisiane Cohen, baseado em uma peça homônima escrita por ele próprio. O ator reside no Retiro desde dois mil dezenove e descreve a experiência como algo único, afirmando que Coroa tudo o que fiz na vida como ator. Não posso dizer como escritor, porque escrevi, escrevi, escrevi, e poucas coisas publiquei.
É uma experiência única. Coroa tudo o que fiz na vida como ator. Não posso dizer como escritor, porque escrevi, escrevi, escrevi, e poucas coisas publiquei.
Claire Digon: trajetória no Retiro há mais de vinte anos
A atriz Claire Digon mora no Retiro há mais de vinte anos e participou de produções que ficaram marcadas na teledramaturgia, incluindo Páginas da vida, em dois mil e seis, e Órfãos da terra, em dois mil e dezenove. Mantém-se na ativa e, no ano passado, foi vista em dois capítulos da série Estranho amor, interpretando a vovó Irene, consolidando sua presença no cenário televisivo mesmo após décadas de carreira.
Marcelino Buru: atuação, direção e composição
Marcelino Buru atua como ator, diretor teatral e cada vez mais como compositor. Sua filmografia inclui participações em produções como Velho Chico, lançada em dois mil e dezesseis. Mais recentemente, ele foi visto em Pablo Luisão, ampliando o leque de trabalhos e mantendo a atividade criativa dentro do Retiro dos Artistas.
Marcos Oliveira: o Beiçola que se move para o Retiro
Marcos Oliveira, conhecido popularmente como Beiçola de A grande família, mudou-se para o Retiro dos Artistas no início deste ano. Desde então, ele continua atuando, inclusive com uma palestra sobre a profissão de ator promovida na instituição, demonstrando que a atuação continua sendo uma vocação que ele desenvolve em múltiplas frentes, não apenas em frente às câmeras.
O conjunto de histórias evidencia que o Retiro dos Artistas continua a ser um espaço de residência, convivência e produção para artistas de várias gerações. Com uma década de experiência, o espaço abriga nomes que, mesmo diante de desafios e da passagem do tempo, mantêm o compromisso com a arte e com a formação de novas gerações, assegurando a continuidade de uma tradição de atuação que atravessa décadas.
Perspectivas e impacto da continuidade artística no Retiro
Ao reunir veteranos e veteranas da TV, do cinema e do teatro, o Retiro dos Artistas demonstra que a vida artística pode permanecer ativa por longos períodos, alinhando trajetória profissional e preservação de memória cultural. A presença constante de artistas como Leibovitch, Rezende, Digon, Marcelino Buru e Marcos Oliveira envia uma mensagem sobre a importância de espaços de apoio à carreira de artistas mais velhos, que continuam contribuindo com imagens, histórias e ensinamentos para as novas gerações.
As experiências compartilhadas por esses residentes ressaltam diferentes perspectivas sobre a longevidade da carreira artística: da participação em novas produções aos formatos teatrais, passando por oficinas, palestras e atividades que alimentam não apenas a prática, mas também o debate sobre o ofício do ator. O Retiro, assim, assume o papel de catalisador de continuidade, enfatizando que a década de ouro da televisão e do cinema não precisa terminar quando a idade avança.