A tensão entre China e Estados Unidos tomou um novo rumo após a recente **declaração** do presidente norte-americano, Donald Trump, que considerou insustentável a tarifa de **100% sobre produtos chineses**. A **China**, por sua vez, anunciou sua disposição em reiniciar negociações comerciais "o mais rápido possível". Este entendimento foi alcançado após uma conversa por vídeo entre o vice-premiê chinês, He Lifeng, e o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, resultando em a troca de ideias "francas e construtivas", conforme reportou a agência **Xinhua**.
O presidente Trump, em declarações feitas na **sexta-feira passada (17)**, expressou que a nova tarifa seria uma retaliação à postura do governo chinês nas negociações comerciais. Ele alegou que a China tem continuamente buscado vantagens nos acordos comerciais, e enfatizou, em entrevista à Fox Business Network, a necessidade de um acordo justo entre as duas potências. Trump confirmou que **se reunirá com o presidente Xi Jinping** em breve para discutir os pontos em questão.
As tensões comerciais se elevaram nas últimas semanas, especialmente após a **China** restringir a exportação de elementos raros, com Trump anunciando um novo aumento de tarifas. Em suas publicações, ele descreveu a situação como uma resposta à decisão de Pequim de suspender a compra de soja americana, acusando a China de ações economicamente hostis. Trump também afirmou: "Estamos considerando encerrar negócios com a China relacionados a óleo de cozinha e outros elementos de comércio".
O Ministério do Comércio da China declarou que as reações de Trump às tarifas são uma política unilateral que, segundo eles, não é a melhor abordagem para lidar com a situação. As autoridades chinesas afirmaram estar dispostas a se defender seus interesses econômicos legítimos, garantindo que estão preparadas para qualquer ação necessária.
As consequências das tensões comerciais já se fazem sentir no mercado. Exportadores chineses estão redirecionando seus negócios para outras regiões, como Europa e América Latina, buscando novos compradores para compensar a diminuição das vendas aos EUA. Apesar da queda das vendas para o mercado norte-americano, as exportações totais da **China** aumentaram 7,1% nos primeiros nove meses do ano, o que demonstra a resiliência da economia chinesa.
Por outro lado, as bolsas asiáticas estão sentindo os efeitos dessa instabilidade, com o índice de **Xangai** e o **CSI300** apresentando as piores quedas desde abril, aumentando a cautela entre os investidores. Com o cenário econômico próximo e a próxima reunião do **Partido Comunista Chinês** agendada, muitos aguardam para ver como essas negociações influenciarão o futuro das relações comerciais entre as duas grandes economias.