Trump prevê queda de Maduro na Venezuela
Durante uma entrevista à CBS, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que acredita que os dias de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela estão contados. A declaração foi feita no último domingo (2) e gerou reações em meio ao aumento das tensões entre os dois países. O trecho da entrevista foi divulgado no perfil oficial do governo americano na rede social X.
A repórter questionou Trump sobre a possibilidade da liderança de Maduro chegar ao fim. Ele respondeu afirmando que diria "sim", indicando sua crença de que a saída do líder venezuelano é iminente.
Tensões militares e mobilizações na região
A declaração de Trump ocorre em um contexto de mobilização militar significativa dos Estados Unidos no Caribe, vista por Caracas como uma ameaça direta. Recentemente, Trinidad e Tobago colocou seu Exército em "alerta geral" devido à operação militar dos EUA contra o narcotráfico, que Maduro considera parte de um plano de "mudança de regime".
O exército de Trinidad e Tobago foi instruído a retornar às bases, enquanto as Forças de Defesa do país emitiram um comunicado solicitando que todos os membros se preparassem para o confinamento.
Operações contra o narcotráfico e os impactos na Venezuela
Os Estados Unidos lançaram uma operação contra embarcações ligadas ao narcotráfico, que resultou em mais de 60 mortes desde o início da campanha. A mobilização militar segue após acusações dirigidas a Maduro de chefiar cartéis de drogas, do que ele nega, afirmando que os EUA buscam uma mudança de governo para se apropriar de riquezas venezuelanas.
A situação se intensificou com o envio de um navio de guerra americano para participar de exercícios militares em Trinidad e Tobago, uma ação que Caracas caracterizou como uma provocação.
Declarações contrastantes de Trump
Em meio à escalada, Trump afirmou que não planeja atacar a Venezuela, o que se contrasta com uma reportagem que sugere que Washington estaria considerando bombardear bases militares venezuelanas. Esta insegurança gerou ainda mais confusão e polêmica sobre as intenções dos EUA na região.
Criticas da ONU e reações internacionais
A Organização das Nações Unidas (ONU) criticou os ataques contra embarcações suspeitas de narcotráfico, considerando-os execuções extrajudiciais. O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, fez um apelo ao governo de Trump para que cesse este tipo de ação, enfatizando o aumento do custo humano decorrente dessas operações. A Colômbia também se juntou às críticas, chamando os ataques de inaceitáveis.
Com o petróleo sendo uma das principais riquezas da Venezuela, a situação política e militar na região continua instável, com consequências diretas sobre a população venezuelana e os relacionamentos diplomáticos entre os países latino-americanos.