Desemprego no Brasil atinge menor taxa da história em outubro
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,4% em outubro, alcançando o menor nível desde 2012, conforme dados do IBGE. Este resultado superou as expectativas de analistas, que previam um recuo para 5,5%. Com isso, o número de desempregados também atingiu um novo mínimo histórico com 5,910 milhões de pessoas buscando trabalho.
No mesmo período, a renda média da população cresceu, alcançando R$ 3.528, um aumento em relação ao trimestre anterior, quando o valor era de R$ 3.507. A informalidade, por sua vez, estabilizou-se em 37,8%, com cerca de 38,7 milhões de trabalhadores atuando na economia informal.
Após três meses de estabilidade no menor patamar já registrado, a taxa de desemprego apresentou queda novamente. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo IBGE na última sexta-feira, o indicador mostrou-se muito abaixo das previsões de mercado.
Na comparação anual com o trimestre encerrado em outubro de 2024, quando a taxa de desemprego era de 6,2%, a redução foi de 0,7 pontos percentuais, revelando a contínua melhoria nas condições do mercado de trabalho.
A pesquisa revelou que, além da redução no número de desempregados, que caiu em 3,4% na comparação com o trimestre anterior e 11,8% em relação ao mesmo período do ano passado, o total de trabalhadores no país permaneceu em patamares recordes, totalizando 102,5 milhões de pessoas. O número de empregados com carteira assinada chegou a 39,182 milhões, também um número recorde.
De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, a queda na taxa de desocupação, embora significativa, está agora mais relacionada à diminuição da procura por emprego do que ao crescimento do número de trabalhadores. "A manutenção do contingente de trabalhadores em nível elevado, mesmo sem variação significativa na ocupação, está permitindo uma redução na pressão pela busca de trabalho. Isso contribui para que a taxa de desocupação se mantenha em queda", explicou Beringuy.
Aumento da renda média
A renda média da população bateu um novo recorde, refletindo a recuperação econômica. Com a massa de rendimento também alcançando R$ 357,3 bilhões, houve estabilidade no trimestre e uma alta de 5,0% em relação ao ano anterior, equivalendo a um acréscimo de R$ 16,9 bilhões. O número de trabalhadores com carteira assinada, embora tenha registrado uma leve queda em relação ao trimestre, continua em níveis altos.
No âmbito da informalidade, a taxa de 37,8% da população ocupada se manteve estável em relação ao trimestre anterior. Entretanto, comparado ao mesmo período do ano passado, essa taxa caiu, refletindo uma pequena redução no número de trabalhadores informais. O segmento dos trabalhadores sem carteira no setor privado permaneceu em 13,6 milhões, estabilizando-se no trimestre e apresentando uma diminuição de 3,9% em relação ao ano anterior, o que se traduz em 550 mil pessoas a menos. Já os trabalhadores autônomos, que somam 25,9 milhões, tiveram uma leve estabilidade, com aumento de 3,1% em relação ao ano passado.