O Camboja vive um momento alarmante de saúde pública, com a confirmação de sua quinta morte causada pela gripe aviária H5N1 em 2025, elevando o total de vítimas fatais no mundo para sete. Este aumento no número de casos levanta preocupações sobre a disseminação do vírus entre diferentes espécies e sua alta letalidade.
A vítima mais recente, um homem de 52 anos, faleceu após ter contato com aves doentes em sua aldeia na província de Svay Rieng. Ele começou a apresentar sintomas como febre, tosse e dificuldade respiratória antes de ser hospitalizado. Apenas nas últimas semanas, o Camboja já havia registrado a morte de uma criança de 11 anos, também após exposição a aves infectadas.
Desde 2023, foram documentados 973 casos da infecção entre humanos, com uma taxa alarmante de letalidade de 48,3%. As autoridades de saúde do Camboja informaram que, apesar do número crescente de infecções e mortes, o risco para a população em geral ainda é considerado baixo, uma vez que as transmissões têm ocorrido principalmente em situações de contato direto com aves contaminadas.
A gripe aviária, que se trata de uma série de cepas do vírus influenza que normalmente afeta aves, levou a um aumento do monitoramento pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em janeiro deste ano, os Estados Unidos registraram sua primeira morte relacionada à gripe aviária, um idoso que teve contato com aves, tornando-se um alerta sobre a possibilidade de o vírus H5N1 afetar a saúde pública de forma global.
Além do Camboja e dos Estados Unidos, outros países também relataram mortes, como uma criança de três anos no México e uma menina de dois anos na Índia. Essas fatalidades reforçam o potencial do H5N1 de causar surtos em populações humanas.
Os especialistas ressaltam a necessidade de vigilância constante, especialmente uma vez que a cepa H5N1, que foi identificada pela primeira vez em 1996, tem mostrado sinais de transmissão entre novas espécies de mamíferos. No Brasil, por exemplo, a gripe foi detectada recentemente em aves silvestres e em granjas, embora não haja registros de transmissão entre humanos.
Com o aumento do número de casos e a letalidade mantida em patamares altos, as autoridades de saúde estão em alerta. O acompanhamento rigoroso das infecções, aliadas a medidas preventivas, se torna essencial para tentar conter a disseminação do vírus e proteger a saúde pública.