A Indonésia deu um passo importante ao repatriar Lindsay Sandiford, uma britânica de 69 anos, que foi condenada à morte por tráfico de drogas em Bali, e Shahab Shahabadi, também britânico, preso por crimes relacionados ao narcotráfico. A decisão de enviar ambos de volta ao Reino Unido foi tomada por razões humanitárias e é fruto de um acordo entre o ministro indonésio Yusril Ihza Mahendra e a chanceler britânica Yvette Cooper.
O traslado dos dois britânicos ocorreu nesta sexta-feira, 7 de novembro, e destaca a severidade das leis de narcotráfico na Indonésia, que são algumas das mais severas do mundo. Sandiford foi condenada à pena máxima em 2013 após ser pega com cocaína escondida em uma mala. Ela alegou que tinha sido ameaçada por um grupo ligado ao tráfico que colocou em risco a vida de seu filho.
Shahab Shahabadi, por sua vez, foi detido em 2014 e cumpria pena de prisão perpétua por delitos relacionados a narcóticos. Ambos deixaram a ilha de Bali em um voo com destino a Londres, com escala em Doha, conforme confirmou um funcionário do Ministério de Justiça e Direitos Humanos da Indonésia.
No mês passado, o ministro de Justiça e Direitos Humanos da Indonésia revelou que Lindsay estava gravemente doente e que Shahabadi também enfrentava problemas de saúde, incluindo questões mentais, o que contribuiu para a decisão de repatriação.
Este não é o primeiro caso de repatriação que ocorre na Indonésia. Ao longo do último ano, o país já havia libertado outros detentos de alto perfil, indicando uma certa flexibilidade em sua postura em relação a prisioneiros estrangeiros condenados.
A repatriação de Lindsay Sandiford e Shahab Shahabadi levanta discussões sobre as práticas de justiça penal no país e os direitos humanos dos detentos, especialmente em casos que envolvem condições de saúde graves e pressões externas.